Toda vez que o Natal retorna, Sua
figura é lembrada com maior vigor. Alguns permanecem na tentativa de negar-Lhe
a existência, afirmando que tudo é fruto de lenda.
Outros, que na Sua existência
acreditam, perdem-se em datas e números, tentando descobrir quando Ele
verdadeiramente nasceu.
O que se sabe é que até o século IV,
os cristãos do Mundo comemoravam o Seu natalício em diferentes meses e dias,
motivo pelo qual a Igreja optou por determinar a data de 25 de dezembro, a fim
de que todos os Seus seguidores se unissem para o mesmo evento, como um único
coração.
Estranham alguns que tudo que se
refira à figura humana do Cristo seja tão obscuro. Não se sabe com exatidão
quando e onde nasceu, quase nada se tem a respeito de Sua infância e
adolescência.
Mesmo após a Sua morte, não nos
legou senão uma tumba vazia, tendo desaparecido Seu corpo, sepultado em lugar
ignorado talvez.
Exatamente porque, desde o primeiro
dia entre nós, Ele, Jesus, insistiu em afirmar que a mensagem é mais importante
do que o homem.
Contudo, algo existe em torno do
qual ninguém discute, todos se irmanam. Ele legou à Humanidade o mais belo
tesouro de todos os tempos: a lição do amor, o amor por excelência que foi.
Desde Seu nascimento na calada da
noite à Sua morte infamante na cruz, a Sua foi a vida dos que amam em
totalidade.
Por isso mesmo é que não temos as
notícias de Jesus no seio de Sua família, convivendo com os Seus. A Sua família
era a Humanidade e com ela esteve em Seu messianato.
Amou a multidão e a serviu. Falou de
coisas profundas, utilizando figuras e linguagem acessíveis ao povo, que
desejava uma mensagem diferente de todas as que ouvira até então.
A Sua voz tinha especial entonação e
quando se punha a declamar a poesia dos Céus, extasiava as almas. Os simples O
seguiam, os desejosos de aprender e os que ansiavam pelo consolo de suas
feridas morais O ouviam atenciosos.
Sua mensagem era dirigida a todos os
seres, nos diferentes estágios evolutivos, para as diferentes idades.
Dirigiu-Se à criança, convidou os
moços a segui-Lo, arrebanhou homens e mulheres em plena madureza, alentou a
velhice.
Sua vida foi um contínuo servir. Ninguém
antes Dele e ninguém depois realizou tamanha revolução no campo das idéias,
semeando na terra dos corações, em tão pouco tempo.
Menos de três anos...
Sua mensagem, impregnada do perfume
de Sua presença, prossegue no mundo, arrebanhando as almas.
Definindo-se como o Caminho, a
Verdade e a Vida, Ele é também o consolo dos aflitos, a luz para os que andam
em trevas densas, o amparo dos que se sentem desalentados e sós.
Seu nome é Jesus. Sua mensagem é a
do amor perene. Seus ditos e Seus feitos constituem os Evangelhos.
A comemoração do Seu natalício a
todos nos motiva a amar, doar e perdoar. E só há Natal porque Ele veio para os
Seus irmãos, para nós e nos legou a mensagem Divina que fala de paz, de
harmonia e de belezas espirituais.
* * *
Aproveitemos os dias do Natal que
estamos vivendo para meditar a respeito dos ensinos de Jesus.
Aproveitemos mais: coloquemos em
prática ao menos alguns deles.
E entre os presentes e mimos que
distribuiremos em nome Dele, não nos esqueçamos de colocar uma parcela do nosso
coração.
Não esqueçamos: é Natal.
Redação
do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento
Espírita,
v. 12, ed. Fep.Em 24.03.2010.