quinta-feira, 22 de março de 2012

TRATAMENTO DA OBSESSÃO

Para o irmão obsidiado em estágio avançado, a "cura" parece estar no alto de uma montanha intransponível, pois a submissão que o verdugo lhe impõe causa desconforto, medo, angustia e privações. Enfraquecido na sua vontade e força interior, poucas opções lhe restam e na maioria das vezes ele deseja a "solução imediata" do problema.
A primeira orientação que deve ser dada ao obsidiado é que o desligamento com o obsessor acontece lentamente, pois ninguém deve informá-lo que indo ao Centro Espírita pela primeira vez ele já esteja liberto.
Pode-se ter uma melhora significativa em alguns casos menos sérios, mas isso não acontece com a grande maioria das pessoas.
O obsidiado pode se fazer de vítima, chorar, falar que sofre, que não agüenta mais, pode dizer o que quiser, mas a pura verdade é que a sua libertação depende mais dele do que de qualquer outra pessoa. Somente os que de vontade sincera realizarem a modificação interior poderão chegar até a libertação dos seus obsessores. E se realmente reformarem sua vida conseguirão anular as brechas que possibilitam a aproximação dos Espíritos inferiores.
Mesmo para aqueles que conseguem superar a obsessão é necessário vigilância constante, com o coração integro e a mente controlada, num constante esforço para não se deixar levar novamente pelas sensações e angustias físicas.
O tratamento mais conveniente para as obsessões resume-se em que o vitimado pela obsessão frequente o Centro Espírita, participando das exposições públicas, recebendo a terapia dos passes e da água fluidificada, vinculando-se ainda a algum estudo da Doutrina Espírita e a tarefas assistenciais que a Casa ofereça. Dessa forma o seu equilibrio irá retornando lentamente e ele poderá efetuar a sua reforma íntima.
Allan Kardec, na obra "A Gênese", cita o seguinte:
"Nos casos de obsessão grave, o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluído pernicioso, que neutraliza a ação dos fluídos salutares e os repele. É daquele fluído que importa desembaraçá-lo. Ora, um fluído mau não pode ser eliminado por outro igualmente mau. [...] Preciso se faz expelir um fluído mau com o auxilio de um fluído melhor. Nem sempre, porém, basta a ação mecânica; cumpre, sobretudo, atuar sobre o ser inteligente [obsessor], ao qual é preciso se possua o direito de falar com autoridade, que, no entanto, falece a quem não tenha superioridade moral.[...] Mas ainda não é tudo: para assegurar a libertação da vítima, indispensável se torna que o Obsessor seja levado a renunciar a seus maus propósitos, que se faça que o arrependimento desponte nele, assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente ministradas, com o objetivo de dar-lhe educação moral".

Pois então, aí entra uma das funções do Centro Espírita, já que através das exposições públicas, das terapias do passe e da água fluidificada, dos estudos espíritas e das atividades sociais, o Obsessor e a sua vítima  vão recebendo a "educação moral" citada por Kardec e assim renunciando paulatinamente à seus objetivos inferiores.

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